http://claudia.abril.com.br/materia/dilema-de-mae-o-que-fazer-quando-filho-briga-na-escola/?p=%2Ffamilia-e-filhos%2Fcriancas-e-adolescentes
Brigas são normais na infância, mas não podem virar a única resposta à frustração. Está passando por isso em casa? A psicanalista Magaly Callia ajuda você a lidar com esta questão!
(Foto: Compassionate Eye Foundation, Ryan McVay, Getty Images)
P. Meu filho, de 7 anos, bate nos colegas sempre que é contrariado. Eu converso, deixo de castigo, dou bronca, mas o pai apoia e acha engraçado, incentivando essa postura.
R. Você tem dois desafios pela frente. O primeiro é entender o que faz seu filho reagir dessa maneira; o segundo, convencer seu marido de que vocês precisam estar de acordo em relação a um ponto tão relevante na educação dele. Afinal, uma criança de 7 anos já tem condições de se expressar com clareza e, embora brigas sejam normais na infância, não podem virar uma resposta automática a qualquer situação frustrante.
Se essa agressividade só acontece na escola, marque uma conversa com a coordenadora pedagógica. Tente levantar em que situações ele bate nos colegas, se tem amigos e como se relaciona com eles na sala de aula, em jogos e nos intervalos e passeios. Talvez seu filho esteja com dificuldades de socialização ou sendo vítima de algum grau de bullying. Nessas duas hipóteses, você e a escola terão de agir em parceria. Digam explicitamente a ele como reagir nesses casos, a quem pedir ajuda e o jeito certo de manifestar seus desejos. Pode ser também que você descubra que a violência nesse ambiente sempre parte dele. Mais uma vez, ouça com atenção as sugestões da orientadora pedagógica. É fundamental que família e escola tenham opiniões e atitudes harmônicas para alterar esse comportamento. Uma terceira possibilidade é que seu filho banque o valentão em qualquer situação. Aí, você e seu marido devem refletir sobre a maneira como têm lidado com esses episódios. E, sim, é muito importante que combinem o jogo, pois as crianças aceitam melhor uma orientação quando sentem que há consenso entre os pais.
Na conversa com seu marido, mostre a diferença entre reagir a um ataque e se impor pela força. Faça-o refletir, por exemplo, sobre o que aconteceria se, no futuro, o filho de vocês batesse no chefe por não ser promovido... E se agredisse uma garota que não quisesse ficar com ele? Dar outras dimensões a essa atitude pode ajudá-lo a enxergar a gravidade da situação e rever sua postura.
Mesmo que isso não aconteça, aproxime-se do seu menino. Quando ele bater em alguém, pergunte por que agiu assim. Mantenha a calma – a criança se abre mais facilmente quando observa que não será censurada pelo que disser. No dia a dia, ensine-o a lidar com contrariedades e a perceber que ninguém consegue tudo o que quer. Conte como agia na idade dele em situações semelhantes, procure livros e filmes que falem de brigas entre crianças e vejam juntos. Elogie quando ele negociar em vez de brigar. E, superimportante, dê o exemplo: jamais use castigos físicos.
R. Você tem dois desafios pela frente. O primeiro é entender o que faz seu filho reagir dessa maneira; o segundo, convencer seu marido de que vocês precisam estar de acordo em relação a um ponto tão relevante na educação dele. Afinal, uma criança de 7 anos já tem condições de se expressar com clareza e, embora brigas sejam normais na infância, não podem virar uma resposta automática a qualquer situação frustrante.
Se essa agressividade só acontece na escola, marque uma conversa com a coordenadora pedagógica. Tente levantar em que situações ele bate nos colegas, se tem amigos e como se relaciona com eles na sala de aula, em jogos e nos intervalos e passeios. Talvez seu filho esteja com dificuldades de socialização ou sendo vítima de algum grau de bullying. Nessas duas hipóteses, você e a escola terão de agir em parceria. Digam explicitamente a ele como reagir nesses casos, a quem pedir ajuda e o jeito certo de manifestar seus desejos. Pode ser também que você descubra que a violência nesse ambiente sempre parte dele. Mais uma vez, ouça com atenção as sugestões da orientadora pedagógica. É fundamental que família e escola tenham opiniões e atitudes harmônicas para alterar esse comportamento. Uma terceira possibilidade é que seu filho banque o valentão em qualquer situação. Aí, você e seu marido devem refletir sobre a maneira como têm lidado com esses episódios. E, sim, é muito importante que combinem o jogo, pois as crianças aceitam melhor uma orientação quando sentem que há consenso entre os pais.
Na conversa com seu marido, mostre a diferença entre reagir a um ataque e se impor pela força. Faça-o refletir, por exemplo, sobre o que aconteceria se, no futuro, o filho de vocês batesse no chefe por não ser promovido... E se agredisse uma garota que não quisesse ficar com ele? Dar outras dimensões a essa atitude pode ajudá-lo a enxergar a gravidade da situação e rever sua postura.
Mesmo que isso não aconteça, aproxime-se do seu menino. Quando ele bater em alguém, pergunte por que agiu assim. Mantenha a calma – a criança se abre mais facilmente quando observa que não será censurada pelo que disser. No dia a dia, ensine-o a lidar com contrariedades e a perceber que ninguém consegue tudo o que quer. Conte como agia na idade dele em situações semelhantes, procure livros e filmes que falem de brigas entre crianças e vejam juntos. Elogie quando ele negociar em vez de brigar. E, superimportante, dê o exemplo: jamais use castigos físicos.
Magaly Miranda Marconato Callia, psicanalista e professora do Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo
Reportagem Rita Trevisan
Reportagem Rita Trevisan
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