segunda-feira, 30 de abril de 2012

Frente Nacional Drogas e Direitos Humanos realiza Debate Online na próxima quinta (3)



imagem do conteúdo
A recém-criada Frente Nacional Drogas e Direitos Humanos, coletivo de entidades que se articulam para lutar por políticas públicas de drogas baseadas nos direitos humanos, realizará, na próxima quinta-feira (3), um debate que será transmitido ao vivo pela internet a partir das 15 horas. O objetivo do debate é apresentar a Frente à sociedade e chamar a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) para conhecer as pautas trabalhadas pela Frente.

A mesa do debate, que tem como tema principal “Apresentação da Frente Nacional Drogas e Direitos Humanos à Sociedade e os Direitos Humanos”, terá como coordenador o membro do Fórum Antimanicomial de Sorocaba (Flamas), Lúcio Costa, e será composta também pelo representante da Frente Nacional sobre Drogas e Direitos Humanos, Anderson Lopes Miranda e pela Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, Dra. Gilda Carvalho.

Confira
aqui a carta de apresentação da Frente Nacional de Drogas e Direitos Humanos

Veja
aqui as entidades que integram a Frente

Memória:
Criada em 2012, a Frente tem como objetivo lutar por políticas públicas de drogas baseadas nos direitos humanos e no respeito aos princípios do SUS e às diretrizes da IV Conferência de Saúde Mental Intersetorial e da XIV Conferência de Saúde. Defende uma Política de Segurança Pública baseada na perspectiva da garantia de direitos e não da repressão policial, das ações higienizadoras e criminalizadoras da pobreza.
Defende a consolidação e ampliação do Sistema Único de Saúde (SUS), do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e de todas as políticas públicas, pela inclusão e integralidade na atenção às pessoas que usam drogas contemplando ações de trabalho, habitação, educação, cultura, arte, esporte, acesso à justiça, segurança pública, saúde e assistência social.

Serviço:
Data: 03/05/2012Onde acessar: www.cfp.og.br
Fonte: CFP

VII Encontro da Internacional dos Fóruns e da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano

http://www.rio2012if-epfcl.org.br/apresentacao

Apresentação

—O que tenho, senhor?
—Fale!
—Qual o remédio, senhora?
(Silêncio)
—O que devo fazer?
(Corte)
—Quanto tempo vai demorar?
—Continue.

A resposta do psicanalista se diferencia da ciência por levar em consideração o sujeito do desejo que esta rejeita; se diferencia da religião e suas práticas por não ceder à crença num Outro que não existe assim como ao Um ditatorial das massas e seitas; se opõe à resposta do capitalista porque não foraclui, como este, a falta. Ao contrário, o analista, ao ocupar a posição de rebotalho que é própria da sua ética, faz valer as questões tanto do mal-estar do sujeito sofredor quanto do mal-estar da civilização. A isso, Freud responde: “caminhe!”, “fale!”. No lugar de responder às demandas e aspirações do ser–para-o-sexo, o psicanalista faz valer o “eu te peço que não respondas à minha demanda, porque não é isso” (Lacan, “Ou pior...”, 09/02/72).
Freud diagnostica no início do século XX o mal-estar da civilização como renúncia ao gozo sexual; Lacan, no final do século passado, o aponta como resultado do laço social dominante que é o discurso do capitalista e sua foraclusão da castração. Resultado: somos todos proletários diante do capital. Mas hoje, nossa sociedade de consumidores, microcréditos, microempresas, microcéfalos é a expressão da “civilização de metas”. Resultado: todos empresários! Eis o imperativo do supereu que transforma nossas vidas em olimpíadas, matando quem está na frente e acenando com medalhas de chocolate e louros de plástico. Ao vencedor: as batatas! (Machado de Assis, Quincas Borba, 1892).
Quais são as formas de retorno da castração foracluída? A generalização da falta-a-gozar concomitante ao empuxo ao gozo tem efeitos no sujeito individual que não se distingue do sujeito coletivo, conforme Freud, em 1921. Quais as respostas do analista orientado pela ética do desejo e do bem-dizer? A psicanálise denuncia os novos semblantes do sintoma demonstrando que sua estrutura permanece a mesma. Por ser tecido de linguagem ele é sensível à palavra, por condensar um gozo ele é reduzido pelo ato analítico. A responsabilidade do analista implica no acolhimento do sintoma e na sustentação do tratamento possível do gozo do sofrimento. Fundamentado em uma ética anticapitalista, o psicanalista desmascara os semblantes do social com os quais se travestem os discursos da dominação: os gadgets como objetos de desejo, os corpos-mercadorias, os novos produtos sólidos no lugar da fluidez dos laços, as intermináveis respostas às demandas e aspirações do ser–para-o-sexo, as violentas investidas racistas de segregação da diferença.
Opondo-se ao main stream, sem ser passadista, o psicanalista não se alia à ciência e ao capital foraclusivos que fazem crer no delírio generalizado – do somos todos Um – e nas “novas” descobertas do homem neuronal. O discurso do psicanalista é o avesso disso, fazendo dele cúmplice do negro de todas as raças (Heiner Müller). O analista se alia ao artista com seu tour de force de poesia que desvela o não-sentido de todas as coisas, os sentidos religiosos prêt-à-porter e que o sentido é dado pelo desejo de cada um.
O adulto permancece o filho do homem: a psicanálise mostra que ao criançar-se nas palavras o homem as cria com o que poetisa sua singularidade. O que não quer dizer que a psicanálise pretende uma saída individualista. Não há sujeito sem outro, diz Lacan. E sempre haverá um outro, com sua diferença e sua forma de gozo. À cloaca máxima da civilização (conforme a conferência de Lacan em 1973, no MIT), que suga o ser de sua morada de linguagem, o analista com sua clínica, em seu ato e sua interpretação, desvela a castração como constituinte de todo ser falante e o sem-razão de um Outro gozo, que é sempre diferente. E norteado pela lógica da heteridade, aponta a abertura ao novo e para a chegança sempre surpreendente do outro.
Antonio Quinet e Sonia Alberti

Sub-temas:
responsabilidade do psicanalista | a ética na psicanálise | psicanálise e política | clínica do ato | desejo e interpretação | bem dizer e gozo | a aposta clínica no sujeito e os discursos da contemporaneidade | psicanálise e crença | o psicanalista e a ciência | arte e psicanálise | psicanálise e os outros saberes | as respostas do analista às psicoses | ... e às toxicomanias | a criança na psicanálise | o psicanalista e o Real.

domingo, 29 de abril de 2012

Transtorno Afetivo Bipolar

Em 2006 T.M. participou de uma viagem com um grupo de alunos de uma universidade carioca. Os professores seguiram em uma Kombi, e mais atrás foi um ônibus com 52 alunos. Lá dentro, alguns estudantes começaram a beber e fumar, causando um verdadeiro rebuliço. “Não aguentei, falei um monte de desaforos, segurei no bagageiro e aumentei muito a voz”, contou. “O pessoal se assustou, eles não esperavam uma reação minha daquelas. Foi fora do meu comum, eu jamais faria isso. Não teria uma reação explosiva do jeito que eu tive.”

A reação “fora do comum” relatada pelo estudante provavelmente não teria ocorrido caso ele não sofresse do transtorno afetivo bipolar, um conjunto de sinais e sintomas que podem durar semanas ou meses e que causa o estado do humor a variar de maneira periódica ou cíclica apresentando-se de forma normal, elevada — chamada de mania — ou deprimida.
Ao longo da vida, as pessoas apresentam estados de humor variados, mas ainda se sentem no controle. No transtorno afetivo bipolar, no entanto, essa sensação de controle é perdida, gerando muito sofrimento para os que convivem com o problema.
Até os anos 80, o transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva. A partir daí passou a ser chamada de transtorno afetivo bipolar, uma síndrome que acomete, segundo estimativas, 1% da população mundial e de 1,8 a 15 milhões de brasileiros, nas suas mais diversas formas de apresentação.
O médico e professor de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, Valentim Gentil Filho, em entrevista ao Dr. Dráuzio Varella, afirma que a síndrome mudou de nome porque analisando separadamente, a denominação antiga carregava uma carga negativa, estigmatizada.
“Maníaco [de psicose maníaco-depressiva] é um termo técnico derivado do grego e significa loucura. De fato, na fase de hiperexcitabilidade, o indivíduo é o estereótipo do louco já que suas atitudes destoam, e muito, do padrão normal de seu comportamento. Depressivo era o termo mais brando dos três e que menos impacto causava. Por isso, considerou-se que a expressão psicose maníaco-depressiva era pesada demais para designar uma doença que, de certa forma, não era tão terrível quanto o nome fazia supor”.
Para o psiquiatra e pesquisador Diogo Lara, em seu livro Temperamento Forte e Bipolaridade: dominando os altos e baixos do humor (ed. Revolução das Idéias), o humor bipolar poderia ser comparado a ter um par de patins: “em alguns lugares é difícil de caminhar, em outros anda-se muito mais rápido do que quem está sem eles. Quanto menor o controle maior a emoção!” Desta forma, para aqueles que conhecem bem os seus patins — aprendendo a minimizar os riscos e andando em terrenos mais favoráveis — tê-los pode até ter suas vantagens.
Altos e baixos
O termo bipolar expressa os dois pólos de humor: o da mania e o da depressão. Diferente de como muitas pessoas utilizam, equivocadamente, a palavra mania — como mania de limpeza, de conferir as coisas, ou até maníaco no sentido de assassino, psicopata — o termo médico é descrito de outra forma. Um episódio maníaco é descrito por Benjamin e Virginia Sadock, autores do livro Compêndio de Psiquiatria, como um determinado período de humor fora do normal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável.
Aquele que passa por uma crise de mania costuma falar muito, falar rápido, ter idéias de grandeza, se sentir muito poderoso, capaz, inteligente, bonito, rico, gastar de maneira desmedida, se sentir com mais energia que o normal e a sua libido tende a aumentar. O doutorando T. M., de 27 anos, foi diagnosticado como bipolar em 2007. Ele se descontrolava com seus gastos durante as crises maníacas. “Gosto muito de ler, mas acabava comprando uma quantidade de livros que eu não conseguia dar conta. Depois que eu comecei a me tratar, os excessos diminuíram bastante.”
O recém-formado administrador de empresas F. F., de 24 anos, já passou por crises de mania em que ficava tão cheio de energia que passava noites sem dormir. “Eu já fiquei sete dias sem dormir no período de mania. A coisa que eu mais queria era dormir, mas não conseguia. Posso querer ficar um, dois dias assim, mas sete não. Eu já não agüentava mais, estava ficando pirado.”
Assim como F. F, durante essas crises de humor “para cima”, muitos bipolares passam a dormir menos horas por noite e não ficam cansados. Além disso, emendam um assunto no outro — mesmo sendo capazes de manter uma coerência lógica. Costumam ficar muito desinibidos, perdendo a noção crítica do que é aceitável para cada situação, fazendo besteiras e achando tudo normal. É como se o bipolar estivesse em pleno carnaval, se divertindo e brincando com todos, mas de maneira, muitas vezes, inadequada.
No outro pólo do humor, durante as crises de depressão, as pessoas costumam ter idéias negativas, de ruína, sentem-se tristes e com energia baixa. Atividades simples e cotidianas, como tomar banho e escovar os dentes, podem até ser deixadas de lado. A perda do apetite é comum, mas às vezes pode-se ganhar mais peso. O indivíduo fica mais lento, sem vontade de sair da cama, e costuma ter dificuldades de concentração. Em casos mais graves, pode pensar em cometer suicídio, chegando até as últimas conseqüências.
Segundo a psiquiatra Magda Vaissman, a depressão é uma das maiores causas de suicídio e afastamento do trabalho, trazendo enormes prejuízos pessoais. “No caso de álcool e drogas, a maior parte dos pacientes, eu diria que 60% ou 70% dos pacientes, têm um transtorno afetivo associado”.
Estimativas publicadas no site da Associação Brasileira de Transtornos Bipolares apontam que até 50% dos portadores tentem o suicídio ao menos uma vez em suas vidas, enquanto cerca de 15% efetivamente o cometem. Trata-se, portanto, de um transtorno grave que não só pode incapacitar o indivíduo — que não conseguirá levar uma vida normal de trabalho ou social –, mas que também põe em risco a própria vida.

Os principais tipos da doença
Para entender um pouco mais sobre o transtorno afetivo bipolar, é preciso saber como a doença é classificada. De acordo com a classificação do livro Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM), um dos parâmetros utilizados pelos médicos, os transtornos bipolares são enquadrados em tipo I e tipo II.
O tipo I é aquele em que o paciente apresenta os quadros clássicos de mania e depressão, podendo um ser mais freqüente do que o outro. Em geral, as crises depressivas são mais freqüentes e ocorrem por períodos mais longos do que as crises maníacas. Estima-se que cerca de 1% da população mundial seja bipolar do tipo I. O tipo II — manifestado por 6 a 8% das pessoas — ocorre quando existem crises depressivas e crises de mania mais leves, chamadas de hipomania.
Essas alterações leves de humor eufórico são geralmente de difícil diagnóstico e podem não ser detectadas pelo médico. “Como é um quadro mais leve e não causa problema nenhum, o indivíduo fica mais ativo. Na verdade, ele fica melhor e todo mundo gosta”, diz o Dr. Elie Cheniaux. O paciente costuma trabalhar melhor, por mais tempo, e pensa de maneira mais criativa. Na vida pessoal, costuma ser mais fácil conhecer novas pessoas, pois ele tende a se tornar mais sociável.
E é aí que mora o perigo. O bipolar, em crise de mania, pode nem chegar ao médico por considerar positivo aquele tipo de humor ou por achar que episódios como aqueles são perfeitamente normais. Por isso, as crises de mania leve podem não ser relatadas pelo paciente ou não ser detectadas pelo especialista. A depressão é mais facilmente diagnosticada, por outro lado. Esta dificuldade pode ser refletida no tratamento, já que antidepressivos podem desencadear a mania no paciente bipolar.
Conheça as áreas afetadas no cérebro de um bipolar e o que os cientistas estão começando a descobrir:
 
Como atua
O que ocorre
1 – Estriato
Ajuda o cérebro aprocessar recompensas
Perda de 30% da massa cinzenta na região. Isso interfere na capacidade de julgamento. A pessoa pode gastar demais, por exemplo
2 – Córtex pré-frontal
Regula as emoções, a capacidade de planejamento e a motivação
Até 40% de redução da massa cinzenta. A pessoa tem dificuldades para desenvolver uma atividade constante
3 – Amígdala
Ajuda a reconhecerexpressões faciais. As transmissões entre os neurônios aumentam em resposta aos estímulos emocionais
Lentidão na resposta aos estímulos, reações fora do tempo normal
4 – Hipocampo
É um dos centros da memória. Parte dele ajuda no reconhecimento de perigos ou recompensas
Ansiedade constante e dificuldade para diferenciar situações seguras das de risco
5 – Tronco cerebral
Onde o neurotransmissor serotonina é produzidopara ser espalhado pelas diferentes partes de cérebro
Bipolares têm menos serotonina, o que pode contribuir para a atrofia dos neurônios e levar à depressão
Principais causas
Como para a maioria dos transtornos mentais, o componente genético desempenha um dos papéis mais importantes no desenvolvimento do transtorno afetivo bipolar. Segundo dados do livro Temperamento Forte e Bipolaridade: dominando os altos e baixos do humor, há uma chance razoável de um pai e uma mãe bipolares terem filhos com as mesmas características. No caso de um par de gêmeos idênticos, se um deles tem o transtorno afetivo bipolar, há 80% de chances de que o outro também o tenha. Por isso, uma avaliação psiquiátrica completa não pode deixar de levar em conta a história familiar do paciente.
F.F. conta que seu avô tinha o mesmo transtorno que ele descobriu ter na infância. “Ele era Procurador Geral da República e ganhava bastante dinheiro, só que torrava tudo. Ele nunca teve uma vida estável, muito pelo contrário.”
Além do componente genético, acontecimentos da vida podem ajudar a desencadear as crises. Em geral é muito comum ocorrer algum episódio ruim, alguma ocorrência de estresse. Depois da primeira crise, passa a ser menos freqüente que um evento seja o causador destas crises.
Apesar de ser uma doença cujos sintomas sejam bem definidos, ainda se sabe muito pouco sobre as suas causas. Os casos típicos são simples porque não se tratam de meras flutuações do humor, de sentimentos de alegria ou tristeza. “Existe todo um conjunto de alterações em que o individuo fica muito diferente do normal, o leigo percebe que ele não está normal, embora possa não saber o nome da doença”, alerta o Dr. Elie Cheniaux.

Tratamento
Apesar de se tratar de um transtorno que pode causar graves alterações no humor do bipolar, afetando a sua vida diretamente, a boa notícia é que existe tratamento eficaz. O objetivo principal do especialista é tentar reduzir os fatores que desestabilizam o humor do paciente, embora a doença não tenha cura. O acompanhamento farmacológico deve ser feito por toda a vida.
O lítio é um dos primeiros medicamentos que surgiram e ainda é uma dos mais usados como estabilizador de humor — embora funcione melhor na prevenção de crises maníacas do que para crises depressivas. Como qualquer medicamento, o lítio também pode causar efeitos colaterais. A.L., de 28 anos, teve sucesso com este medicamento, mas sentiu seus efeitos negativos: “No meu caso, o lítio foi o estabilizador de humor que mais funcionou, porém os efeitos colaterais foram bem ruins”. Ela conta que a sua pele ficou mais ressecada, teve queda de cabelo — e perda de brilho — e aumento de peso. “Eu bebia muita água também, já que a sensação de sede é constante”.
Alguns antipsicóticos — usados para tratar esquizofrenia e outros quadros psicóticos — e anticonvusivantes funcionam, embora não se saiba exatamente o motivo.
Tratar a depressão bipolar é mais complicado do que tratar a depressão unipolar — que ocorre sem que existam episódios de mania –, já que ela é muito menos estudada. Existe um grande risco de o depressivo bipolar mudar para a mania. “Os antidepressivos favorecem isso, pois o paciente melhora, melhora, melhora tanto que vai para a outra crise”, ressalta o Dr. Elie Cheniaux. Surge, então, uma polêmica: antidepressivos devem ou não ser usados no tratamento da depressão bipolar? Alguns médicos apóiam a sua indicação, com muita cautela, enquanto outros são totalmente contra.
Acima de tudo, o tratamento contra a depressão é extremamente importante porque o bipolar costuma permanecer mais tempo em depressão do que em mania. Em casos de episódios mistos — em que o bipolar apresenta características tanto de mania quanto de depressão –, o risco de suicídio aumenta ainda mais. Isso porque a tristeza e a desesperança, que fazem o indivíduo ter vontade de morrer, são sinais típicos da depressão. No entanto, o indivíduo não se mata porque ele se sente tão desprovido de energia que não tem sequer forças para levar a cabo o seu desejo. No episódio misto, então, ele pode manter essa desesperança, mas tem forças suficientes para tentar se matar.

Como ajudar?
Ainda que para a maioria das pessoas que estejam vendo de fora seja difícil entender o que está acontecendo com um bipolar, a ajuda de amigos e familiares é fundamental. “Quem está de fora pode ajudar com mais sucesso oferecendo apoio, compreensão e disponibilidade para atenuar os prejuízos do momento”, afirma o Dr. Diogo Lara. Ele ressalta em seu livro que muitas vezes é um familiar que toma a decisão de procurar ajuda especializada, já que o doente não tem energia, pode negar a necessidade de tratamento ou porque teme ir a um psiquiatra ou psicólogo.
Existem casos, no entanto, em que a própria família do paciente tem dificuldade de entender e encarar a doença, daí a importância de se informar da melhor maneira possível. Há aqueles que chegam a achar que a depressão não é nada mais que preguiça, e a mania, “falta de vergonha na cara”. Isso porque, para grande parte das pessoas, as enfermidades mentais não são consideradas doenças e porque ainda há um estigma por trás do tratamento psiquiátrico.
Criatividade
Embora existam alguns estudos acerca deste tema, não há comprovação de que haja uma relação direta entre a criatividade e o transtorno bipolar. Mesmo assim, uma rápida busca pela internet nos revela uma lista enorme de personalidades famosas — e extremamente criativas — que foram diagnosticadas ou que se aponte como sendo bipolares: Kurt Cobain, Vincent Van Gogh, Janis Joplin, Elizabeth Taylor, Edgar Allen Poe, Ulysses Guimarães, Leon Tolstoy, Jackson Pollock, Mozart, Virginia Woolf, Winston Churchill…
Para a Dra. Magda Vaissman, uma teoria para responder a esta dúvida poderia ser o fato de que muitas pessoas que sofrem do transtorno afetivo bipolar são extremamente sensíveis. “Elas vêem a vida de uma maneira colorida demais, por extremos. Isso provoca reflexões nas pessoas e a produção artística está relacionada aisso.”
O bipolar Thiago Marinho ressalta o lado negativo que existe por trás de um falso “glamour” conferido ao transtorno. Muitos adolescentes, que têm como ídolos roqueiros como Kurt Cobain (foto), Axl Rose, entre outros, acabam querendo incorporar aquela atitude do ídolo, associada às pretensas características de um bipolar. “Não gosto desse glamour que estão dando para o transtorno bipolar, não é brincadeira.”
Apesar da gravidade da doença, é necessário repetir que um bipolar pode, sim, levar uma vida normal como qualquer outra pessoa, desde que seja bem assessorado por profissionais qualificados.
* Gostaria de agradecer a ajuda e o material fornecido pela psiquiatra Cloyra Almeida, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, para a execução da matéria.


Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/saude/entre-os-dois-polos-do-humor/

Pequenos Devaneios: Psicanálise funciona, diz estudo médico (Folha de ...

Pequenos Devaneios: Psicanálise funciona, diz estudo médico (Folha de ...: Como se a gente já não soubesse da Sua eficácia, mas é sempre bom um destaque mais amplo... Pesquisas recentes em psicanálise Folha de S...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Dilema de mãe: o que fazer quando seu filho briga na escola

http://claudia.abril.com.br/materia/dilema-de-mae-o-que-fazer-quando-filho-briga-na-escola/?p=%2Ffamilia-e-filhos%2Fcriancas-e-adolescentes

Brigas são normais na infância, mas não podem virar a única resposta à frustração. Está passando por isso em casa? A psicanalista Magaly Callia ajuda você a lidar com esta questão!

Suzana Lakatos em 05.03.2012
 
familia-e-filhos-senhor-valentao
(Foto: Compassionate Eye Foundation, Ryan McVay, Getty Images)
P. Meu filho, de 7 anos, bate nos colegas sempre que é contrariado. Eu converso, deixo de castigo, dou bronca, mas o pai apoia e acha engraçado, incentivando essa postura.
R. Você tem dois desafios pela frente. O primeiro é entender o que faz seu filho reagir dessa maneira; o segundo, convencer seu marido de que vocês precisam estar de acordo em relação a um ponto tão relevante na educação dele. Afinal, uma criança de 7 anos já tem condições de se expressar com clareza e, embora brigas sejam normais na infância, não podem virar uma resposta automática a qualquer situação frustrante.
Se essa agressividade só acontece na escola, marque uma conversa com a coordenadora pedagógica. Tente levantar em que situações ele bate nos colegas, se tem amigos e como se relaciona com eles na sala de aula, em jogos e nos intervalos e passeios. Talvez seu filho esteja com dificuldades de socialização ou sendo vítima de algum grau de bullying. Nessas duas hipóteses, você e a escola terão de agir em parceria. Digam explicitamente a ele como reagir nesses casos, a quem pedir ajuda e o jeito certo de manifestar seus desejos. Pode ser também que você descubra que a violência nesse ambiente sempre parte dele. Mais uma vez, ouça com atenção as sugestões da orientadora pedagógica. É fundamental que família e escola tenham opiniões e atitudes harmônicas para alterar esse comportamento. Uma terceira possibilidade é que seu filho banque o valentão em qualquer situação. Aí, você e seu marido devem refletir sobre a maneira como têm lidado com esses episódios. E, sim, é muito importante que combinem o jogo, pois as crianças aceitam melhor uma orientação quando sentem que há consenso entre os pais.
Na conversa com seu marido, mostre a diferença entre reagir a um ataque e se impor pela força. Faça-o refletir, por exemplo, sobre o que aconteceria se, no futuro, o filho de vocês batesse no chefe por não ser promovido... E se agredisse uma garota que não quisesse ficar com ele? Dar outras dimensões a essa atitude pode ajudá-lo a enxergar a gravidade da situação e rever sua postura.
Mesmo que isso não aconteça, aproxime-se do seu menino. Quando ele bater em alguém, pergunte por que agiu assim. Mantenha a calma – a criança se abre mais facilmente quando observa que não será censurada pelo que disser. No dia a dia, ensine-o a lidar com contrariedades e a perceber que ninguém consegue tudo o que quer. Conte como agia na idade dele em situações semelhantes, procure livros e filmes que falem de brigas entre crianças e vejam juntos. Elogie quando ele negociar em vez de brigar. E, superimportante, dê o exemplo: jamais use castigos físicos.
Magaly Miranda Marconato Callia, psicanalista e professora do Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo
Reportagem Rita Trevisan

terça-feira, 17 de abril de 2012

II Simpósio de Desenvolvimento Infantil e Adolescente

II SIMPÓSIO DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL E ADOLESCENTE





Objetivo




Discutir e problematizar os aspectos relacionados ao desenvolvimento infantil e adolescente sob o olhar de diversos profissionais.


Público Alvo




Psicólogos, Pedagogos, Assistentes Sociais, Graduandos: de Psicologia, Serviço Social, Pedagogiae demais profissionais envolvidos com o tema.


Programação

Tema 01 – DESENVOLVIMENTO INFANTIL

O nascimento de bebês prematuros, o impacto na família e a equipe de profissionais tendo em vista as possibilidades de intervenção.



Tema 02 – NECESSIDADES ESPECIAIS

Os aspectos emocionais, escolares, familiares e profissionais de pessoas com necessidades especiais.



Tema 03 – ASPECTOS DA VIOLÊNCIA: INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

A manifestação da violência com crianças e adolescentes e seus desdobramentos para o desenvolvimento. Interface com família, educação e saúde.



Clique aqui para visualizar a programação completa.

PALESTRANTES

Ms. Ana Karina Fachini Araujo Ms. Dalka Chaves Ferrari
Ms. Ana Lucia Teixeira de Souza Ms. Daniela Alessandra Uga
Ms. Carla Anauate Ms. Eliete Fátima Ribeiro Ramos
Ms. Christiane Sanches Ms. Valéria Pereira


QUANDO ACONTECE?




15 e 16/09/2012
Sábado 15/09 – 08h30 às 18h30 Domingo 16/09 – 09h00 às 12h00



PERÍODO DE INSCRIÇÕES: Inscrições on line: até 01/09/2012



Inscrições recebidas até 31/07/2011

Profissionais: R$180,00 *Estudantes: R$150,00
Ou 2 parcelas de R$90,00 Ou 2 parcelas de R$75,00



Inscrições recebidas a partir de 01/08/2011

Profissionais: R$200,00 *Estudantes: R$170,00



Informações Adicionais:




Estudantes: enviar cópia do comprovante: último boleto ou declaração da universidade.

Forma de Pagamento: boleto ou *cheque pré-datado–

**(enviar junto com a ficha de inscrição nominal a Fundunesp, Av. Rio Branco,1210 – Campos Elíseos São Paulo/SP – A/C Joelma Santana)

Parcelamento: disponível para inscrições realizadas até 10/08, após somente à vista.

Cancelamento: será devolvido ao aluno 70% do valor pago, mediante envio de justificativa por e-mail até: 10/08/12.


Certificação




Os certificados serão expedidos pela FUNDUNESP para todos participantes do Simpósio que obtiverem 75% de presença e quite com o pagamento da inscrição.


Local de Realização e Secretaria de Cursos FUNDUNESP




FUNDUNESP - Fundação para o Desenvolvimento da UNESP
situada à Av. Rio Branco, 1210, Campos Elíseos, São Paulo - SP.


Comissão Organizadora




Ana Karina Fachini Araujo

Carla Anauate

Christiane Sanches

segunda-feira, 9 de abril de 2012

17° ENAPA - Encontro Nacional de Apoio à Adoção

Aconchegue-se…

Uma família para todos. Este é o ideal daqueles que militam e trabalham pela adoção e pela convivência familiar e comunitária de forma voluntária, técnica, responsável, guerreira, altruísta e alinhada aos direitos da infância e da adolescência, às necessidades dos milhares de meninos e meninas que moram nas instituições de acolhimento de todo o país.
O 17º ENAPA – Encontro Nacional de Apoio à Adoção trará para Brasília, sede do Aconchego e das decisões políticas do país, a formalização de um pacto nacional denominado “Unir para cuidar”, onde se lançará o desafio para que todos possam assumir o compromisso único de que todas as crianças e adolescentes possam ser chamados de filhos e filhas.
Soraya Kátia Rodrigues Pereira
Presidenta do Aconchego


Projeto Unir para Cuidar

http://www.aconchegodf.org.br/unirparacuidar/

O Aconchego – Grupo de Apoio à Convivência Familiar e Comunitária, organização sem fins lucrativos, que milita há 15 anos em favor do direito à família das crianças e adolescentes institucionalizados no país, firmou o convênio público nº 761149/2011, com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e recursos do Fundo da Infância e Juventude, gerido pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, para desenvolver o projeto social “Fortalecimento da Rede de Apoio à Adoção e Convivência Familiar e Comunitária” – Unir para Cuidar.
O projeto pretende construir um pacto social que satisfaça o direito à convivência familiar e comunitária das crianças e adolescentes em situação de acolhimentos institucional no país, por meio de discussões técnicas sobre convivência familiar e comunitária nas possibilidades de reintegração familiar, adoção e apadrinhamento, incluindo a preparação dos técnicos do Sistema de Garantia de Direitos para as mais variadas hipóteses de abandono e reintegração familiar.
Segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção, gerido pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ, existem cerca de 35 mil crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional, sendo que somente 4.900 estão cadastrados para adoção. Enquanto isso há 26.936 inscritos para adoção que não se adequam à realidade do perfil adotável do cadastro.
Os números trazidos pelo CNJ refletem a ausência de compreensão e ação social com a questão, restringindo o direito de meninos e meninas de desenvolver-se plenamente e viver em família, garantia constitucional cuja responsabilidade é compartilhada por todos.
A integração do movimento da convivência familiar e comunitária permitirá a implantação, acompanhamento, monitoramento e avaliação de ações de políticas públicas destinadas a tratar toda situação de afastamento familiar como excepcional e provisória, e investir, no caso em tela, para o retorno das crianças e adolescentes ao convívio com a família de origem e, se esgotada essa possibilidade, o encaminhamento para família substituta.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Como saber se meu filho adolescente está bem ou se ele precisa de alguma ajuda?


Os adolescentes podem precisar de ajuda, mas nem sempre conseguirão pedir aos pais ou aos adultos responsáveis. Podem ter dificuldade de pedir ajuda assim como de identificar situações em que essa ajuda é necessária.

É preciso portanto que os pais fiquem atentos e que compreendem que a adolescência é mesmo uma fase turbulenta, de confusão e instabilidade. É a imaturidade do jovem que define a saúde de uma adolescente, o que quero dizer é que ser saudável nesse momento é ser adolescente com suas imaturidade instabilidade e confusão. Toda essa confusão produz muita angústia e sofrimento nos adolescentes.


Alguns pedirão ajuda dando mais trabalho, desrespeitando regras e forçando ainda mais a presença e participação dos pais. Quando além disso os pais percebem um sofrimento que se mantém indicamos a psicoterapia como um dos caminhos possíveis de ajuda e apoio. O espaço terapêutico oferece a oportunidade de elaboração das questões movimentadas na adolescência.

Aém disso, curiosamente, os pais devem ficar atentos a jovens excessivamente maduros, senhores de si, que dessa forma se afastam de toda a natureza turbulenta e instável que caracteriza a adolescência. Esses adolescente mais “maduros” provavelmente serão aquele que nos darão menos trabalho, mas podem ser justamente aqueles que mais precisam de nosso cuidado.


Autora: Marina Reigado

A Passagem pela adolescência não é nada fácil para os pais, mas se engana quem acha que as coisas são fáceis para os adolescentes

 
 

"Filho criado, trabalho redobrado." Esse conhecido ditado popular ganha sentido quando chega a adolescência. Nessa fase, o filho já não precisa dos cuidados que os pais dedicam à criança, tão dependente. Mas, por outro lado, o que ele ganha de liberdade para viver a própria vida resulta em diversas e sérias preocupações aos pais. Temos a tendência a considerar a adolescência mais problemática para os pais do que para os filhos. É que, como eles já gozam de liberdade para sair, festejar e comemorar sempre que possível com colegas e amigos de mesma idade e estão sempre prontos a isso, parece que a vida deles é uma eterna festa. Mas vamos com calma porque não é bem assim.

Se a vida com os filhos adolescentes, que alguns teimam em considerar um fato aborrecedor, é complexa e delicada, a vida deles também o é. Na verdade, o fenômeno da adolescência, principalmente no mundo contemporâneo, é bem mais complicado de ser vivido pelos próprios jovens do que por seus pais. Vejamos dois motivos importantes.
Em primeiro lugar, deixar de ser criança é se defrontar com inúmeros problemas da vida que, antes, pareciam não existir: eles permaneciam camuflados ou ignorados porque eram da responsabilidade só dos pais. Hoje, esse quadro é mais agudo ainda, já que muitos pais escolheram tutelar integralmente a vida dos filhos por muito mais tempo.
Quando o filho, ainda na infância, enfrenta dissabores na convivência com colegas ou pena para construir relações na escola, quando se afasta das dificuldades que surgem na vida escolar -sua primeira e exclusiva responsabilidade-, quando se envolve em conflitos, comete erros, não dá conta do recado etc., os pais logo se colocam em cena. Dessa forma, poupam o filho de enfrentar seus problemas no presente, é claro, mas também passam a idéia de que eles não existem por muito mais tempo.
É bom lembrar que a escola -no ciclo fundamental- deveria ser a primeira grande batalha da vida que o filho teria de enfrentar sozinho, apenas com seus recursos, como experiência de aprender a se conhecer, a viver em comunidade e a usar seu potencial com disciplina para dar conta de dar os passos com suas próprias pernas.
Em segundo lugar, o contexto sociocultural globalizado atual, com ideais como consumo, felicidade e juventude eterna, por exemplo, compromete de largada o processo de amadurecimento típico da adolescência, que exige certa dose de solidão para a estruturação de tantas vivências e, principalmente, interlocução. E com quem os adolescentes contam para conversar?
Eles precisam, nessa época de passagem para a vida adulta, de pessoas dispostas a assumir o lugar da maturidade e da experiência com olhar crítico sobre as questões existenciais e da vida em sociedade para estabelecer com eles um diálogo interrogador. Várias pesquisas já mostraram que os jovens dão grande valor aos pais e aos professores em suas vidas. Entretanto, parece que estamos muito mais comprometidos com a juventude do que eles mesmos.
Quem leva a sério questões importantes para eles em temas como política, sexualidade, drogas, ética, depressão e suicídio, vida em família, vida escolar, violência, relações amorosas e fidelidade, racismo, trabalho etc.? Quando digo levar a sério me refiro a considerar o que eles dizem e dialogar com propriedade, e não com moralismo ou com excesso de jovialidade. E, desse mal, padecem muitos pais e professores que com eles convivem.
Os adolescentes não conseguem desfrutar da solidão necessária nessa época da vida, mas parece que se encontram sozinhos na aventura de aprender a se tornarem adultos. Bem que merecem nossa companhia, não?

(Rosely Sayão - 21/02/2008)- Fonte:http://marinareigado.blogspot.com.br/search/label/Adolesc%C3%AAncia 

Diagnóstico Psicopedagógico na Escola

Judite Filgueiras RodriguesLicenciada em Ciências Físicas e Biológicas, Matemática, Educação Física, psicopedagoga, Mestre em Educação nas Ciências, Doutora em Ciências do Movimento Humano, autora do livro Educação Física Escolar: Aprender com o Movimento.
Enquanto construção a partir de várias áreas do conhecimento.
E-mail: ju.judite@hotmail.com



RESUMO
Este texto considera a Psicopedagogia como um saber híbrido que possibilita perceber o sujeito que aprende como centro do seu contexto. Nesse sentido, aborda o diagnóstico psicopedagógico na realidade escolar, configurando os possíveis obstáculos que poderão constituir-se em problemas de aprendizagem do educando nos níveis sócio-político, pedagógico e psicopedagógico. Considera o contexto, os fundamentos e os aspectos gerais de um diagnóstico psicopedagógico na ótica do sujeito que constrói sua aprendizagem. Aponta para diferenciações na construção, desconstrução e análise dos estudos propostos no seu nível de intencionalidade e de individualidade.
Palavras Chave: Escola; Ação; Transformação; Sociedade.


DIAGNÓSTICO CONTEXTUALIZADO
Quando falamos em diagnóstico, pensamos logo em análise, porém só podemos analisar algo se pudermos encontrar o que estamos analisando. Por esta razão quando dizemos que estamos fazendo um diagnóstico temos que saber o que estamos diagnosticando, para que estamos diagnosticando e por que diagnosticar.
Isto nos leva apensar que iremos analisar o problema de aprendizagem durante o diagnóstico psicopedagógico.
Quando pensamos em problema de aprendizagem imaginamos as várias faces que podem compor este problema: Qual a ordem deste problema? familiar? da escola? Do sujeito? da sociedade? de todos estes fatores associados?
Para que se possa compreender qual o tipo de problema existente é necessário que o psicopedagogo esteja atento buscando todas as pistas possíveis.
O olhar psicopedagógico tem que buscar as respostas para as perguntas: Por que este sujeito não aprende? ou por que ele não está conseguindo utilizar suas potencialidades em toda a plenitude? ou o que está impedindo de se desenvolver?.
Não são respostas simples de serem encontradas, mas pode ser possível encontrá-las. Precisamos ver aquilo que não está visível, ver o que está dito na entrelinha, no silêncio, na intenção.
É olhar a queixa trazida, pelos responsáveis, pelo professor, pelo próprio sujeito, para o atendimento psicopedagógico com os olhos de Psicopedagogo: um olhar transdisciplinar, construído.
Esta construção precisa partir do que já se sabe; do conhecimento anterior. É construir o presente visualizando o passado com os olhos no futuro. É este o olhar psicopedagógico.
A partir do momento que nos dirigimos, com este olhar, a alguém que veio a nossa procura já não conseguimos mais ouvir somente porque buscamos sentido naquilo que ouvimos, isto é, a escuta Psicopedagógica. Buscamos o sentido da queixa e nos questionamos: por que estão buscando ajuda agora? O que está acontecendo com esta família? O que tem na sua fala que não está sendo dito? Será que ela sabe o que psicopedagogia?
Assim poderemos pensar em inúmeras questões que vem a nossa mente sempre que iniciamos uma nova história.
E temos que nos questionar a cada fala em cada história; temos que suportar não ter respostas para cada pergunta. Temos que aprender a suportar a dúvida apesar dela ser algo difícil de suportar.
Mas por que isso acontece?
Uma das possíveis explicações é que por vezes queremos ter respostas prontas para tudo o mais rápido possível e fazer com que o outro saiba que nós sabemos o que na verdade não sabemos e é neste momento que muitas vezes dizemos aquilo que acreditamos que tem sentido sem nos perguntarmos: sentido para quem?
Se não estivermos atentos deixamos que nossos sentimentos, angustias e medos sejam transferidos para o outro.
Para que conteúdos nossos possam continuar sendo nossos e de nossos educandos, precisamos através da escuta Psicopedagógica formular perguntas aos nossos educandos e tentar encontrar respostas para estas perguntas.
Assim, ao responder as questões que formulamos, eles estarão reflexionando e, a partir daí poderão ressignificar o fato que estão nos relatando ao mesmo tempo em que nós poderemos contextualizar as suas falas, compreender como é seu mundo, quais são suas fantasias, seus medos e, consequentemente compreender o que significa aprender para este educando.
Existe uma relação dialética: ao mesmo tempo em que vai se compreendendo como o sujeito aprende, vai se modificando o jeito deste sujeito aprender.
Mas, estamos falando de diagnóstico ou de intervenção? Estamos falando de diagnóstico interventivo. Não é possível fazer um diagnóstico ficando neutro, acreditando que nada daquilo está tendo significado para o educando.
Fernandez (1990) diz que o diagnóstico serve para o psicopedagogo como a rede para o equilibrista, isto é, é apenas uma segurança, mas que estaremos no trapézio enquanto fazemos o diagnóstico.
Quando iniciamos um atendimento psicopedagógico, precisamos que o educando consiga reconhecer que algo está faltando, principalmente quando estamos atendendo criança, adolescente ou pais encaminhados pela escola.
Pensemos o seguinte: O que faz com que as crianças sejam enviadas à escola? Por que é importante que elas aprendam? que elas convivam com outras crianças? por os pais precisam trabalhar? por acreditar que na escola ela será cuidada? se ela não for na escola, não poderá ter um bom emprego mais tarde?
Sempre que pensamos em diagnóstico psicopedagógico temos que saber ouvir o que o outro tem a dizer, não podemos ter respostas prontas, não existe um caso igual ao outro, existem situações, que com a experiência conseguimos fazer a pergunta mais apropriada para aquele momento.
Outro fato importante é que a questão do diagnóstico psicopedagógico não seja apenas um rótulo, mas que possa visar os aspectos positivos.
Sempre que vamos fazer um diagnóstico temos que nos propor a conhecer a pessoa por inteiro, temos que entender como ela aprende.
O olhar e a escuta Psicopedagógica deverá ter como objetivo verificar como o educando está aprendendo e o que está dificultando o desenvolvimento de suas potencialidades. Só assim poderemos intervir de maneira adequada.
Portanto durante o atendimento psicopedagógico temos que pensar o educando como alguém capaz que vive em um contexto familiar, escolar e social específico e de que maneira vivencia estes espaços para podermos ajudá-lo a ser autor e ator de sua própria história.


ORIGEM DO TERMO DIAGNÓSTICO
O termo diagnóstico origina-se do grego diagnósticos e significa discernimento, faculdade de conhecer.
Para conhecer são analisados os aspectos, as características e as relações que compõe um todo que seria o conhecimento do fenômeno, utilizando para isso processos de observações, de avaliações e interpretações que se baseiam em nossas percepções, experiências, informações adquiridas e formas de pensamento. É um processo no qual se analisa a situação do aluno com dificuldades dentro do contexto da escola, da sala de aula e da família.
Numa perspectiva Psicopedagógica, o trabalho com as famílias pode ser considerado fundamental e indispensável para modificar as atitudes de alguns alunos, mas, mesmo assim, esse trabalho somente se constituirá em uma das partes do diagnóstico, já que ele estará centralizado, principalmente, no conhecimento e na modificação da situação escolar. Bassedas e Col (1996).
Para estes autores, os sujeitos e os sistemas estão envolvidos no diagnóstico psicopedagógico, podendo a escola como instituição social ser considerada de forma ampla, como um sistema aberto que compartilha funções e que se inter-relaciona com outros sistemas que integram o contexto social cujos protagonistas são todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem.
Enquanto psicopedagoga e docente, em nossa prática observamos que o diagnóstico da aprendizagem escolar se situa num espaço e num tempo pré-determinados para que se possa viabilizar a criação de um ambiente psicopedagógico; lugar espacial onde transcorre a ação educativa no tempo previamente estabelecido pela conforme a complexidade dos fatores que envolvem a instituição.


FUNDAMENTOS DE UM DIAGNÓSTICO ESCOLAR
Um diagnóstico psicopedagógico engloba o professor, o aluno e o conhecimento contextualizado na escola, especificamente na sala de aula, lugar onde se constatam e se priorizam as aprendizagens sistemáticas tendo como pano de fundo a instituição escolar.
Os fundamentos de um diagnóstico também revelam um tempo, um lugar e um espaço que é dado para aquele que aprende e para aquele que ensina.
Historicamente a prática educativa e a prática Psicopedagógica são derivadas das distintas teorias de aprendizagens que sustentam as concepções diferentes em relação à tríade: professor, aluno e conhecimento.
Consideramos o aluno como um sujeito que elabora o seu conhecimento e sua evolução pessoal a partir da atribuição de um sentido próprio e genuíno às situações que vivem e com as quais aprende. Já o lugar do professor é o lugar daquele que gerencia o processo da aprendizagem. Sua principal ação é mediar o objeto do conhecimento.
É necessário também compreender os processos educativos, curriculares, os aspectos organizacional, estrutural e funcional, bem como todos os elementos envolvidos no processo ensino aprendizagem.
Nesse sentido o diagnóstico é sempre uma hipótese diagnóstica.



ASPECTOS GERAIS DE UM DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO


Aprender é incorporar os conhecimentos
Em um saber pessoal. Judite Rodrigues


A idéia de diagnóstico nos remete ao que significa ensinar e aprender, pois deriva da concepção que temos de sujeito da aprendizagem e a aprendizagem do sujeito.
Desta significação os lugares distintos ocupados pelo professor e pelo aluno em relação ao conhecimento contextualizado pela escola é o lugar de aprender e de ensinar e que dinamizam a prática educativa.
Um ponto importante para se perceber este processo de constituição do sujeito se dá através da questão dos limites. Muitas vezes a queixa escolar e a produção da criança gira em torno da dificuldade em aceitar as normas e o formalismo necessário para construir determinados conteúdos acadêmicos. Outras vezes é a dificuldade em aceitar os erros e o esforço que a aprendizagem demanda, ou seja, é o jogo da aceitação dos próprios limites.
Nesta dialética do ensinar e do aprender, qual o lugar do psicopedagogo? Qual sua intervenção?
O eixo principal da questão do diagnóstico sobre o aprender repousa nas dimensões do aluno, do professor, e dos níveis inter-relacionados na ação educativa, ou seja, Sócio-político, Pedagógico e Psicopedagógico.
O sócio-político inclui a própria organização da escola como instituição destinada a ensinar ou a produzir fracassos dos alunos conforme sua classe social.
O pedagógico refere-se ao processo de ensino: a relação dos conteúdos e a didática.
Pensamos que uma didática eficiente possa representar uma ação preventiva de problemas de aprendizagem, pois a didática preventiva é aquela que lança desafios aos alunos para que estes avancem a partir do ponto que se encontram, isto é, do conhecimento já construído.
O psicopedagogo prioriza o sujeito que aprende ou que fracassa ajudando-o a situar-se em um lugar que o possibilite a aprender, pois pode recorrer a critérios de diagnóstico no sentido de compreender os problemas na aprendizagem.
Nesse sentido, Scoz (1994, p. 22) diz que:


(...) os problemas de aprendizagem não são restringíveis nem a causas físicas ou psicológicas, nem a análises das conjunturas sociais. É preciso compreendê-los a partir de um enfoque multidimensal, que amalgame fatores orgânicos, cognitivos, afetivos, sociais e pedagógicos, percebidos dentro das articulações sociais. Tanto quanto a análise, as ações sobre os problemas de aprendizagem devem inserir-se num movimento mais amplo de luta pela transformação da sociedade.

Aprender significa incorporar os conhecimentos em um saber pessoal, único, diferente em cada sujeito na sua totalidade.
É isto que o psicopedagogo precisa diagnosticar. Diagnosticar também a escola como um lugar onde acontece a aprendizagem. Este diagnóstico consiste na busca de um saber para saber-fazer por meio das informações obtidas nesse processo de investigação.
O diagnóstico Psicopedagógico pode ser entendido como uma avaliação clínica, um exame realizado a partir de uma queixa explícita em relação a alguma dificuldade de aprendizagem.
A avaliação liga-se ao não aprender, ou só conseguí-lo lentamente com falhas e distorções. Encontra-se envolvido neste processo de diagnóstico a leitura de um sistema complexo, onde se faz presente manifestações conscientes e inconscientes.
Interage aí o pessoal, o familiar anterior e atual, o sociocultural, o educacional, e a aprendizagem.
Ao se instrumentalizar um diagnóstico, é necessário que o profissional atente para o significado do sintoma a nível familiar e escolar e não o veja apenas em um recorte, como uma deficiência do sujeito a ser por ele tratado. É essencial procurarmos o não dito, implícito existente no não aprender.
Acreditamos numa aprendizagem que possibilita transformar, sair do lugar estagnado e construir.
É sob este olhar que podemos encaminhar o diagnóstico escolar. Voltamo-nos para a Escola porque é para ela que diariamente dirigem-se muitas crianças.
Olhar para a escola implica em uma visão íntegra de aprendizagem e de mundo.
Um diagnóstico á luz da instituição escolar se concretiza através de uma ampla observação das dimensões que envolvem a aprendizagem e que possibilita uma reflexão e conhecimento dos problemas educacionais que estão vinculados a variáveis como as correntes filosóficas, políticas e educacionais que influenciam a prática pedagógica.
Portanto, o diagnóstico deve ser encarado como busca constante de saber sobre aprender sendo o fio condutor que norteará a intervenção psicopedagogia.


A FUNÇÃO DO DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO
De acordo com o DSM-IV, Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (APA, 1994) os Transtornos da Aprendizagem estão incluídos nos Transtornos Geralmente Diagnosticados pela Primeira Vez na Infância ou Adolescência. Estes transtornos incluem: Transtorno da Leitura, da Matemática, da Expressão Escrita e da Aprendizagem sem outra especificação.
Os Transtornos de Aprendizagem podem incluir problemas em todas as três áreas que interferem no rendimento escolar, embora o desempenho nos testes que medem cada habilidade isoladamente não esteja acentuadamente abaixo do nível esperado, considerando a idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade apropriada à idade do indivíduo" ( APA, 1994). Serão esses os transtornos que aqui iremos tratar.
O transtorno de aprendizagem é uma perturbação no processo de aprendizagem, não permitindo ao indivíduo aproveitar as suas possibilidades para perceber, compreender, reter na memória e utilizar posteriormente as informações obtidas.
Num enfoque psicopedagógico, encaramos os transtornos de aprendizagem como um sintoma, um sinal de descompensação, no sentido de que não são permanentes, sendo passíveis de transformação.
Para Pain (1986) a hipótese fundamental para avaliar o sintoma é entendê-lo como um estado particular de um sistema que para equilibrar-se precisa adotar esse tipo de comportamento que poderia merecer um nome positivo, mas que caracterizamos como não - aprender.
Esse é o papel inicial do psicopedagogo frente às dificuldades de aprendizagem: fazer uma análise da situação para poder diagnosticar os problemas e suas causas. Ele levanta hipóteses a partir de uma anamenese para conhecer o sujeito em seus aspectos neurofisiológicos, afetivos, cognitivos e sociais, bem como entender a modalidade de aprendizagem e o vínculo que o indivíduo estabelece com o objeto de aprendizagem, consigo mesmo e com o outro.
O psicopedagogo procura, portanto, compreender o indivíduo em suas várias dimensões para ajudá-lo a reencontrar seu caminho, superando dificuldades que impeçam um desenvolvimento harmônico e que estejam se constituindo num bloqueio da comunicação dele com seu entorno.
São diversos os fatores envolvidos nos transtornos de aprendizagem: orgânicos, cognitivos, emocionais e ambientais, relacionados a três pólos de procedência: o indivíduo, a família e a escola.
Estando a origem de toda a aprendizagem nos esquemas de ação através do corpo, precisamos verificar, primeiramente, como estão sendo processadas as principais funções e a integridade dos órgãos ligados a elas, para podermos, posteriormente, considerar os aspectos cognitivos.
Estes dizem respeito ao desenvolvimento e funcionamento das estruturas que proporcionam a possibilidade de conhecimento por parte do sujeito, em sua interação com o meio. Nessa área podemos incluir as funções de percepção, discriminação, atenção, memória e processamento da informação. Não podemos nos esquecer de que os fatores motivacionais são muito importantes na construção do significado daquilo que se aprende, formando uma rede de inter-relações entre esses conteúdos e aquilo que já se conhece.
Assim, os aspectos emocionais interferem na construção do conhecimento. Abrangem um amplo campo, desde dificuldades para lidar com as frustrações até sérios transtornos emocionais como psicose e depressão.
Para além das causas individuais, estão as de ordem ambiental, oriundas da família, da escola e da sociedade, como um todo. São fatores intervenientes do próprio modelo de funcionamento da família, da escola e as relações aí estabelecidas..
Torna-se necessário lembrarmos que esses fatores não são estanques, nem aparecem isoladamente. Eles têm uma circularidade causal, como diz Fernández (1990):


A origem do problema de aprendizagem não se encontra na estrutura individual. O sintoma se ancora em uma rede particular de vínculos familiares que se entrecruzam com uma também particular estrutura individua.

Se ao papel da família acrescentássemos o papel da escola teríamos a formação de uma rede, como já foi dito acima, pois ambas são responsáveis tanto pela aprendizagem como pela não-aprendizagem do sujeito.
Modificações na estrutura e funcionamento da rede de relações poderiam trazer melhorias para o educando, desmistificando a sua culpa nos transtornos de aprendizagem permitindo assim ao Psicopedagogo avaliar os envolvidos nos transtornos e consequentemente abrir possibilidades de intervenção para, a partir daí iniciar o processo de superação das dificuldades.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, S. & VELOSO, A.F. - Distúrbios de Aprendizagem: Diagnóstico e Orientação. Revista Temas sobre Desenvolvimento, V.3, N.14, 1993.

APA (Associação Americana de Psiquiatria). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV). Porto Alegre. Artes Médicas, 1994.

BASSEDAS,E. e col, Intervenção Educativa e Diagnostico Psicopedagogico. 3º ed. Porto Alegre, RS: Artes Medicas,1996.

BOSSA,N. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da pratica. Porto Alegre,RS: Artes Medicas,1994.

CELIDONIO, M.R.F.- Família, Aprendizagem, Escola - Monografia do curso Família: Dinâmicas e Processos de Mudança. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 1996.

FERNÁNDEZ, A. - A Inteligência Aprisionada: Abordagem Psicopedagógica Clínica da Criança e sua Família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

PAIN, S. - Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. Porto Alegre, Artes Médicas, 1986.

RUBISTEIN, E. A especificidade do diagnóstico psicopedagógico. In: SISTO, F. et al. Atuação psicopedagógica e aprendizagem escolar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.

SCOZ,B;RUBINSTEIN,E;ROSSA,E.;BARONE,L(org).Psicopedagogia: o caráter interdisciplinar na formação e atuação profissional. Porto Alegre,RS: Artes Medicas,1987.

SCOZ, B. Psicopedagogia e realidade escolar, o problema escolar e de aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1994.

SOUZA, M. P. - Introdução aos Distúrbios de |Aprendizagem: um Desafio para o Nosso Tempo, in Tecnologia em (Re) Habilitação Cognitiva- Uma Perspectiva Multidisciplinar. São Paulo: Edunisc, 1998.

TOPCZEWSKI, A. - Aprendizagem e suas Desabilidades. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.

VISCA, J. Clínica psicopedagógica: a Epistemologia Convergente. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.

_______. Psicopedagogia: novas contribuições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.

WEISS, Maria Lúcia. Psicopedagogia Clínica - Uma Visão Diagnóstica. Porto Alegre,RS:Artes Medicas,1992.