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terça-feira, 19 de maio de 2015
Como lidar com as birras do seu filho.
As birras fazem parte do desenvolvimento infantil, e a partir do primeiro ano de vida já podemos observar esse comportamento nas crianças.
Isso acontece quando elas ainda não estão maduras o suficiente para saberem lidar com algumas frustrações e reagem de maneira desproporcional, com gritos, choros e as vezes até se agredindo ou agredindo quem estiver por perto.
É importante perceber que os ataques de birra sempre acontecem por algum motivo ou em direção a algum. Ao ser contrariada ou ao ouvir um não, por exemplo, a criança explode, tentando testar os limites dos pais ou de quem estiver cuidando.
Ao lidar com um ataque de birra, a primeira atitude dos pais e manter a calma e ter paciência, pois a criança precisa sentir que o adulto está ali para dar segurança e equilíbrio que ela tanto precisa naquele momento. Os pais devem saber que são modelos e que nesse momento precisam passar atitudes sensatas ao lidar com conflitos.
No momento do "ataque de fúria", nem sempre a criança quer ou vai ouvir qualquer intervenção que os pais ou cuidadores façam. O melhor nesses momentos e tentar observar e entender seu filho, procurando saber o motivo da birra.
A intensidade das birras e os motivos mudam de criança para criança, mas se a freqüência se torna diária, pode ser que exista algo a mais por trás que precisa ser analisado. Pensar em o que pode estar "mexendo" com a criança, se algo na sua rotina mudou, se a dinâmica familiar está vivendo alguma situação de conflito, ou se aconteceu algo na escola. Essa poderia ser uma forma da criança pedir ajuda, atenção, e nesse caso, ouvir um especialista seria a melhor opção.
Para diminuir a ocorrência dos ataques de birra, algumas orientações são importantes, como é o caso de manter um ambiente familiar saudável, que estabeleça claramente as rotinas e os limites, com papéis bem definidos de pai e mãe. A criança em desenvolvimento precisa de uma rotina bem definida, que a passe segurança, precisa saber o que vai acontecer, o que pode e o que não pode fazer.
O que fazer então?
1) Mantenha a calma, seja firme em seus comandos, mas não esqueça de acolher o sofrimento do seu filho, afinal de contas, algo o está incomodando e precisa ser "ouvido". Experimente nomear os sentimentos que ele ainda não entende por ser pequeno demais. Mostre a ele que está percebendo sua irritação, ou tristeza, mas que gritar e chorar não vão adiantar.
2) Se a criança estiver muito irritada, o melhor a fazer é sentar ao seu lado, ou um pouco mais distante e esperar que ela se acalme, e quando o fizer, lhe d~e um abraço e tente falar sobre o que aconteceu.
3) Não ceder aos apelos da criança também é importante para que os ataques não se tornem frequentes. Saber que seus atos tem consequências e que ela precisa se responsabilizar por eles faz parte da constituição subjetiva dela. claro que os castigos, se forem opção da família, devem ser adequados ao fato e à idade da criança. Muitas vezes apenas uma conversa ou dar à criança a chance de reparar seu ato podem surtir bons resultados.
4) As regras e os limites são essenciais, mas o autoritarismo não ajuda em nada. Os pais precisam saber dosar isso na educação de seus filhos para que exista um espaço para o diálogo e a flexibilidade. Algumas coisas podem e devem ser negociadas, dizer não só por dizer, ou ser muito rígido pode até atrapalhar.
5) Não esqueça de valorizar seus progressos e elogiar. Ao falar sobre o que aconteceu, lembre-se de deixar claro que não gostou da atitude que a criança teve e não dela em si. Muitos pais erram ao dizer: "Estou triste com você", quando na verdade devem dizer que se entristeceram com o que o filho fez naquele momento, e pensar junto com a criança em soluções para uma próxima situação.
Na prática, essas dicas podem funcionar na maioria dos casos, mas é importante lembrar que para cada família, para cada criança, a história é singular, e nada como estar atento ao comportamento do seu filho, sabendo ouvir e observar, conversar e falar sobre seus sentimentos, nomear aquilo que ele ainda não dá conta de fazê-lo, isso sim é importante e eficiente. Acredite no laço de carinho e amor que você desenvolveu com seu filho e siga seu coração, pois amor nunca é demais nas relações, e é essencial para o desenvolvimento emocional saudável das nossas crianças.
*Danielle Maciel Psicóloga Clínica e Escolar. (81) 9545-5752
domingo, 10 de maio de 2015
Mensagem para as Mães
Mãe Desnecessária (Dalai Lama)
A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo.
Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e ela sempre me soou estranha. Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas
e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara.
Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que significa isso.
Ser "desnecessária" é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também. A cada fase da vida, vamos cortando e
refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho.
Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.
Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio e a principal missão. Ao aprendermos a ser "desnecessários", nos transformamos em porto seguro
para quando eles decidirem atracar.
"Dê a quem você Ama :
- Asas para voar...
- Raízes para voltar...
- Motivos para ficar... "
(Dalai Lama)
❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
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